Precisamos falar sobre a saúde mental da população negra

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Olá minha nação Zkayana! Espero que estejam muito bem… seguindo firmes, apesar das problemáticas cotidianas que enfrentamos.

Por falar em problemas, é necessário atentarmos para a temática da saúde mental. Nos últimos dez anos, o número de pessoas com depressão aumentou 18,4% — o que corresponde a 322 milhões de indivíduos, ou 4,4% da população da Terra. Os dados vieram à tona em um relatório recentemente divulgado pela Organização Mundial de Saúde, que também aponta que o Brasil ocupa o topo do ranking no número de casos de depressão na América Latina, com cerca de 12 milhões de pessoas afetadas pela doença. Se analisarmos a faixa etária de 10 a 29 anos, o índice de transtornos mentais também é preocupante, especialmente entre jovens negros, que chegam a ter 45% mais chances de desenvolver depressão que um jovem branco. Segundo o Centro de Valorização a Vida – CVV, as chances de um adolescente ou jovem cometer suicídio também é 45% maior entre negros. Entre os do sexo masculino, aumentam em 50% se comparados aos brancos também na faixa etária entre 10 e 29 anos. Os dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde. Por isso, é urgente falar sobre a saúde mental da população negra!

 

Mas, na prática, o que é saúde mental?

Para a Organização Mundial de Saúde, o termo refere-se a um bem estar no qual o indivíduo desenvolve suas habilidades pessoais, consegue lidar com os estresses da vida, trabalha de forma produtiva e encontra-se apto a dar sua contribuição para sua comunidade. O conceito de saúde mental está relacionado à forma como a pessoa reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Então, ter saúde mental é estar bem consigo mesmo e com os outros, aceitar as exigências da vida, saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis e, reconhecer os próprios limites para buscar ajuda quando necessário. É neste ponto que questiono: como manter a saúde mental de um indivíduo diariamente exposto a situações de desgaste emocional e psicossocial – como as que ocorrem com os negros, sobrevivendo numa sociedade racista.

 

O Impacto do racismo/discriminação (social e institucional) na saúde mental

Nos últimos dez anos houve um reconhecimento crescente de que determinantes sociais como a pobreza, violência política, racismo e, violência baseada em gênero impulsionam os resultados da saúde mental das populações. Esta abordagem foi recentemente apresentada no último relatório da ONU, que condenou a contínua individualização do sofrimento que ignora tais dimensões materiais e práticas da angústia humana.

Ah Bia, mas todo mundo sofre nessa vida – você poderia me dizer! E sim, estamos todos expostos a situações causadoras de dor e sofrimento. Entretanto, quando o sofrimento pode vir a ser transformado em transtorno, a situação muda de figura. O racismo, por exemplo, uma das principais causas de dor para a população negra, é uma verdadeira crueldade – e, já falamos sobre isso em outros textos por aqui. Então, é necessário atentar para ações críticas e relevantes que possam mudar essa realidade que maltrata e machuca. Os estereótipos continuamente reforçados também coadunam com esse contexto. Cada vez que um padrão universal se sustenta, condicionamos a ideia de que qualquer coisa diferente é ruim. Agora, imagine tudo isso somado ao cenário pandêmico. Assusta, não é mesmo? É a intenção é gerar esse impacto mesmo!

 

Como resolver?

Vamos acordando, minha gente! Da mesma forma, em nível global, os pesquisadores têm argumentado que os trabalhadores da saúde devem ser treinados para pensar criticamente e abordar a importância dos fatores estruturais que influenciam a saúde das pessoas, é necessário que estejamos cientes do quanto essas interseccionalidades podem contribuir para o sofrimento mental da população negra.

Mas Bia, a gente pode resolver? Vocês podem questionar. E eu, responderia com firmeza: a gente tem que continuar tentando, conscientizando, se apropriando dos conteúdos necessários, disseminando-os entre os nossos e entre os outros para que possamos avançar. Pode ser que sozinhos a gente não resolva tudo… mas, a gente também não há de desistir de lutar!

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4 respostas

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