Carreira: Por que é tão difícil?

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A dificil missão de ingressar ou avançar na carreira

Conseguir uma posição de prestígio em sua jornada profissional é um desafio, isso é inegável. Porém, o conceito de “sucesso” pode parecer distante da realidade de vários indivíduos, principalmente quem entra no mercado de trabalho atualmente. Entretanto, conquistar seu espaço é tão difícil assim?

Cenário nosso de cada dia: estamos em uma “crise econômica”, a necessidade por renda é grande, concorrência gigantesca e milhares de profissionais qualificados desempregados ou subempregados, você não é da TI, muitos países tomando postos de trabalho que antes existiam aqui, os empresários com baixa confiança e investimento no brasil, baixíssima predisposição da classe dominante em reduzir a desigualdade social, uberização e precarização das relações de trabalho – obstáculos do dia-dia crescente, trânsito caótico, baixa remuneração, PeJotização, tudo caro e você perdido sem saber para onde correr no meio disso.

No geral, quando se é pobre, é complicado demais se inserir e crescer a cargos de liderança e alta remuneração. Seja,  ser um profissional em uma carreira que se consolide e dê frutos ou para se ter até mesmo a primeira oportunidade no mercado.

 

E a preparação para o mercado de trabalho?

Dizem para você estudar – que dá futuro – e você se depara hoje, com muitos formados na sua área pretendida, às vezes com pós-graduação inclusive, línguas e cursos, estão desempregados ou trabalhando fora da área ou recebendo, muito, mas muito abaixo do piso. E você ainda está aparentemente muito atrás e muito distante. E você se vê longe das carreiras quentes como se tornar médico ou programador.

Claro, a educação e qualificação hoje e amanhã sempre terá grande importância e é importante e esse é o caminho.

Mas e quando se tem qualificação que dizem que é boa e que atende as vagas pretendidas e você nunca consegue uma mísera oportunidade?

E quando você percebe que nunca conseguirá essa qualificação e status requeridos, visto que você tá muito longe para chegar lá ou eles sempre mudam a linha de chegada quando a gente tá chegando?

E quando você percebe que eles remuneram e promovem as mulheres muito menos que os homens? E quando você vê que eles não contratam pessoas pretas? E nessas empresas se não tem diversidade e 70% dos quadros decisórios são de homens brancos cisgêneros?

Se você não tem grande networking (o famoso quem indica), possui a necessidade de comer hoje e se sustentar não pode esperar meses para aparecer uma vaga dos sonhos ou ter o privilégio de recusar uma vaga de baixa remuneração. Você entenderá perfeitamente esse texto.

 

O mercado de trabalho é de fato Inclusivo?

Tentamos estruturar aqui uma certa investigação, diálogo e análise de como funciona o acesso e crescimento no ambiente de trabalho no Brasil, mesmo que de forma superficial. O dilema dos processos seletivos e a dificuldade grande apresentada de forma ainda maior para profissionais negras/os e periféricas/os.

Onde estamos representados e quais as estatísticas? E as pessoas trans? e os profissionais com deficiência?

Não é fácil achar uma resposta simples que responda todo esse questionamento – mas podemos apresentar alguns motivos a serem repensados – o que temos de certeza é que há um grande problema e o sistema atual está a quilômetros de ser uma solução aceitável.“Em 2019, o salário médio de trabalhadores negros foi 45% menor do que do que o dos brancos, de acordo com a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mesma pesquisa mostra que entre as mulheres negras a situação é pior ainda. A média salarial para elas chegou a ser a 70% menor do que das mulheres brancas.

E não importa o grau de escolaridade, mesmo negros com curso superior ganham menos que os brancos. De acordo com uma pesquisa do Instituto Locomotiva, o salário médio de homens não negros com ensino superior em 2019 ficou em R$ 7.033,00, enquanto o dos negros ficou em R$ 4.834,00, uma diferença de 31% a menos.

Já as mulheres negras com formação superior receberam no ano passado salário médio de R$ 3.712,00 contra R$ 4.760,00 das mulheres brancas.

Os negros também ocupam menos os cargos de diretoria. De acordo com uma pesquisa do site Vagas.com, somente 0,7% dos cargos mais altos de empresas são ocupados pelos negros, que ainda de acordo com a pesquisa, ocupam 47,6% dos trabalhos operacionais.

Os dados da pesquisa apontam outras desigualdades. O ano de 2019 fechou com índice geral de desemprego em 13,3%. No recorte racial, a taxa chegou a 17,8% entre os pretos e 15,4% entre os pardos. Para os brancos ficou em 10,4%. E mais: o percentual de pretos ou pardos na informalidade chegou a 47,4% em 2019, enquanto entre os trabalhadores brancos foi de 34,5%.”

fonte: https://www.cut.org.br/noticias/racismo-estrutural-segrega-negros-no-mercado-de-trabalho-548e

Como avançar na carreira, como  tornar o mercado inclusivo?

Além de enfrentarmos uma  invisibilidade no mercado de trabalho, ainda  somos sujeitados  a salários inferiores,  a dúvida e a incerteza que ficam é : Como avançar na carreira, como  tornar o mercado inclusivo?

O primeiro passo que as empresas devem tomar é contratar, essa é a primeira ação positiva das empresas sobre o profissional LGBTQIA e negros é a contratação. Criar oportunidade de trabalho, que  deve ser responsável e oferecer condições dignas de segurança psicológica, igualdade de benefícios, extensão de benefícios, direito ao nome social e apoio ao crescimento.

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