Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha

36 - Tereza de Benguela, uma rainha que desafiou a escravidão

Você sabia que hoje dia 25 de julho é comemorado o Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha?

Hoje é uma data que representa resistência, ser uma mulher negra no Brasil e no mundo não é fácil. Mas, para além de uma história de dor, a nossa história também é uma história de luta, resistência e muitas conquistas.

E hoje, no Dia da Mulher Negra Latino americana e Caribenha, queremos celebrar a vida das mulheres negras de ontem, hoje e amanhã. Especialmente aquelas que estão abrindo caminhos para que possamos, todas nós, avançarmos juntas.

Essa data reforça a luta histórica das mulheres negras por sobrevivência em uma sociedade estruturalmente racista, misógina e machista,  e também  para que não se perca a memória da Rainha Tereza, uma liderança quilombola, bem como para homenagear as tantas mulheres negras brasileiras que sobrevivem à dura realidade de ser quem são.

No ano de 1992 quando, em Santo Domingo, República Dominicana, realizou-se o 1º encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas. O encontro, além de propor a união entre essas mulheres, também visava denunciar o racismo e machismo enfrentados por mulheres negras, não só nas Américas, mas também ao redor do globo. Essa importante reunião conseguiu que a ONU, ainda em 1992, reconhecesse o dia 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Quem foi Tereza de Benguela?

Lembremos da líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência da comunidade negra e indígena, que representava, enfrentando a escravidão por mais de 20 anos.

O local de nascimento de Tereza Benguela  é desconhecido. Ela pode ter nascido em algum país do continente africano ou no Brasil, mas sua vida faz parte da história pouco contada do Brasil.

A “Rainha Tereza”, como era conhecida, foi uma líder quilombola do século 18 que ajudou inúmeras comunidades indígenas e negras na resistência à escravidão, heroína que foi negligenciada pela história. Rainha Tereza, era a liderança política e militar do Quilombo do Quariterê. Responsável por pensar estratégias políticas e de defesa para toda a comunidade, além de todo o arranjo comercial feito com os produtos produzidos pelo Quilombo, Tereza de Benguela também era uma ótima combatente.

Tereza de Benguela vive na canção, na literatura e no sangue negro e latino-americano que corre nas veias do povo brasileiro.

Há um provérbio angolano que afirma que não importa se a noite é longa, pois o dia sempre vem. É nesse sentido que Tereza de Benguela é um baluarte para os negros e negras que esperançam a revolução desse mundo para um novo mundo, que seja possível viver verdadeiramente a liberdade. Que não parem de se levantar Terezas pelo Brasil, e que essas sejam a esperança de um novo Quariterê.

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